No outono as árvores libertam-se das folhas antigas para conseguirem suportar o Inverno rigoroso. Porque não aproveitar esta época de libertação e renovação para nos livrarmos do que já não nos serve, do que pesa, do que é antigo? Esta separação e mudança pode ser dolorosa mas a introspeção abre caminho à descoberta de novas abordagens e à construção dos pais que queremos ser. Aproveitem o outono para refletir, enquanto pais o que querem/precisam de se libertar, o que pesa, o que já não serve, deixando assim espaço para novas abordagens no caminho da nossa visão preferida enquanto pais!
0 Comentários
No seguimento do post anterior - Quando procurar ajuda - surgiu a necessidade de responder a outra questão, ajudando cada um a refletir acerca do melhor local onde procurar a ajuda necessária. Perante uma situação que configura um problema para a família e visto terem já esgotado todos os recursos internos, é altura de procurar ajuda! Com tantas opções disponíveis, profissionais (conselheiro parental, psicólogo, pediatra...), ou não (família alargada, amigos, grupos no facebook...), será importante colocar as seguintes questões antes de optar por uma. 1 - Terá os recursos necessários, será que têm conhecimentos acerca do assunto em questão? 2 - Trará novos elementos que me consigam ajudar a pensar? 3 - Será que há um distanciamento emocional, ou as respostas vão ser dadas apenas de acordo com a sua própria experiência? 4 - Terei a minha privacidade assegurada ou corro o risco de me expor e deixar que invadam o espaço da família? 5 - Será que vão respeitar as minhas visões preferidas de família, os nossos valores e o caminho que pretendemos seguir? Posto isto, o importante será encontrar uma alternativa que vos ajude a pensar, refletir, ofereça estratégias adaptadas a toda a família, mas acima de tudo que respeite as vossas opções sem críticas ou julgamentos! Ainda se lembram do dia em que souberam que iam ser pais. O que sentiram? O que pensaram? Como se imaginavam no futuro? E no momento presente, estão próximos dessa imagem? O que gostariam que fosse diferente? No momento em que sabemos que vamos ser pais começamos a construir a nossa imagem enquanto pais, vamos formando uma ideia do que queremos ser, das estratégias que queremos usar. Desejamos ser pais calmos, que brincam com os filhos, idealizamos os dias de sol em que passeamos alegremente com os nossos filhos. Queremos falar baixo e pausadamente e dizemos que nunca lhes vamos bater. Vamos amamentar e depois só vamos dar comida saudável. Vamos ensinar as brincadeiras com que fomos felizes na infância e construir com brinquedos. Não vão dormir na nossa cama… O tempo passa, as noites em branco e se ele ficasse na nossa cama só hoje, e amanhã e depois? Ainda dás mama, o teu leite é fraco, a criança não engorda, se calhar vamos começar a dar leite adaptado. Já te disse para não mexeres ai, não faças isso, PARA! Lá vai a primeira palmada. Não, ele ainda não come açúcar, porquê, coitadinha da criança, está a ver os outros a comer, está bem só desta vez e da outra e novamente… STOP Era este o pai que eu queria ser? Como cheguei até aqui? |