Aquele dia começou com todo o seu potencial, único e inigualável. Acordaste com aquela energia que te faz acreditar que hoje consegues mudar o mundo. Começas a fazer planos, idealizar, crias expectativas...
De repente, num passo digno de um mágico, como uma nuvem que atravessa o céu azul de boa disposição, tudo muda. Pode ser a chuva no dia de piquenique; um telefonema de alguém que não vias há muito tempo e quer estar contigo hoje, no dia que tinhas escolhido para estar sozinho; aquele objeto lindo que passou de geração em geração e agora está partido no chão; fazeres uma longa viagem de carro e ao chegar ao local combinado percebes que te enganaste e a festa é amanhã! "Pronto, já tenho o dia estragado" Agora tem duas hipóteses. Podes lamentar-te, gritar com todos à tua volta, ficar zangado o resto do dia, permitindo que o que aconteceu te domine. Ou podes aceitar, respiras fundo, afastas o plano inicial e olhas para a oportunidade dessa experiência. Qual seja a forma de abordar a situação há algo claro e objetivo: o que aconteceu aconteceu, esse gatilho inicial é um facto. Algo que está lá e que não está nas tuas mãos mudar ou fazer diferente. Qualquer que seja a tua atitude não vais conseguir que fique sol, que não te telefonem, que o objeto volte ao que era, que não te enganes no dia. Aconteceu, está feito! Assim, o que está na tua mão é a forma de (re)agir. Perante um desafio, um imprevisto, um engano, um acidente muda o teu discurso e faz a pergunta: "Será que EU quero estragar o meu dia?"
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Durante 9 meses foste suficiente.
Durante 9 meses foste alimento, colo, segurança, abrigo e amor. Durante 9 meses foste tudo o que o teu bebé precisava. Durante 9 meses o teu corpo sabia exatamente o seu papel e como o desempenhar. Será que subitamente o teu corpo esquece toda a natureza? De duas células criaste um bebé perfeito, sozinha, sem ninguém dar palpites ou sugestões. Os teus órgãos mudaram de lugar e sabiam exatamente para onde ir sem ninguém lhes dizer. O teu útero cresceu o necessário para que o teu filho tivesse o espaço necessário ao seu desenvolvimento sem que alguém lhe desse ordens. Tal como aconteceu durante esses 9 meses o teu corpo sabe o que tem a fazer durante o parto, ele não se esqueceu do seu papel! Mas à tua volta o ruído é tanto que faz com que deixes de ouvir a tua voz interior, aquela que te guiou durante 9 meses. CONFIA Confia na capacidade do teu corpo, também agora ela vai saber o que tem de fazer. Confia em cada momento na sabedoria da natureza que colocou em cada mulher a magia necessária para que se possa transformar numa mãe no momento e altura certa. Numa mãe que é suficiente para gerar, proteger, nutrir de alimento e amor o seu filho desde a gravidez até à idade em que será autónomo. Quando alguém te fizer duvidar do teu poder no momento do parto lembra-te que o teu corpo sabe exatamente o que fazer. Confia em ti. Quando confiamos ficamos alerta e despertas. Quando confiamos conseguimos olhar para nós sem julgamentos e passamos a conhecer o nosso corpo e mente. E quanto mais nos conhecemos mais fácil é ver o poder que mora em nós. Ficamos ainda mais alerta para sinais de que algo pode não estar bem, conseguindo procurar ajuda no preciso momento. Se fizerem com que aches que não vais aguentar a dor no parto lembra-te que o teu corpo teve 9 meses para se ajustar, já foste sentido dores e desconfortos durante esse tempo enquanto o teu corpo ia mudando. nãos esqueças que a dor no parto tem o seu papel, conhece-te, descobre o teu corpo e não duvides das tuas capacidades. Se te fizerem questionar a tua capacidade de gerar alimento adequado para o teu filho recorda que já o fazes há 9 meses. Há 9 meses que o alimentas sozinha dentro da tua barriga. O parto é um ponto de viragem, uma mudança de estado, mas não é neste momento que te tornas mãe, já eras antes, já tens 9 meses de experiência e aprendizagem. Conheces o teu filho como ninguém. Mantém-te confiante no teu poder de cuidar em cuidar do teu filho e rodeia-te de pessoas que sintam o mesmo e que te façam sentir capaz. De pessoas que te suportem, apoiem, nutram e cuidem. Cada bebé tem uma mãe que tem em si tudo o que é necessário para cuidar do recém nascido: alimento, segurança, amor, colo... Para cuidar de uma criança é preciso uma aldeia, não para substituir a mãe, para a diminuir, retirar confiança... Cada um tem o seu papel e todos podem cuidar da mãe para que esta possa revelar todo o seu potencial. Lembra-te sempre: dentro de ti tens tudo o que precisas, às vezes só precisas que alguém te relembre isso para que a magia volte! Hoje ao ver a Pocahontas tive um momento de reflexão... Numa determinada cena John Smith dizia que queria ajudar os "selvagens", algo que obviamente deixou Pocahontas ofendida! Ainda hoje tentamos ajudar os "selvagens". É algo que deve estar inscrito no nosso adn. Uma herança muito antiga que faz com que andemos constantemente a colonizar o outro. Isto acontece a cada momento, quando tentamos mostrar ao outro que sabemos o que é melhor para ele.
Tudo é ampliado nas questões da parentalidade e maternidade. Cada vez que dizemos a uma grávida o que fazer, a um pai como se adormece um bebé, como se acaba com uma birra em 10 segundos, ou a forma correta de se educar uma criança... Que é melhor amamentar ou dar leite adaptado, dormir sozinho ou com os pais, andar no carrinho ou num pano... E por aí fora, um rol de ideais que temos dando origem a esta luta constante por colonizar o outro. Está na hora de devolver o poder aos pais, deixar que cada um escolha o seu próprio caminho, aquele que faça mais sentido. Podemos dar informação, mostrar outros caminhos e direcções, mas o mais importante é apoiar cada um nas suas decisões, no fundo será ouvir mais e falar menos! Só assim conseguiremos aprender uns com os outros! Por uma sociedade mais livre e menos colonizadora! Durante a gravidez, devido a processos hormonais, aumento de peso e de tamanho do útero, é muito comum existirem problemas digestivos como náuseas, vómitos e azia. Estes são processos naturais e que espera que possam acontecer mas algumas sortudas ficam dispensadas!
As náuseas, muitas vezes referidas como “enjoos matinais”, para algumas grávidas não se limitam às manhãs, mas acompanham-nas durante grande parte do dia. É muito comum no primeiro trimestre e pode ocorrer quando se passa muitas horas sem comer ou ser desencadeado devido a alguns odores. Quando, para além da náusea, existem vómitos associados surgem algumas dúvidas acerca do bem estar e saúde do bebé, mas podemos confiar no nosso corpo, apenas episódios severos podem carecer de mais cuidados. Os estudos indicam que quando a mulher está num estado de saúde adequado na concepção tem reservas suficientes para nutrir e fazer crescer o bebé, mesmo se não se conseguir alimentar bem durante os primeiros meses de gravidez. Aqui vão algumas dicas que podem ajudar as grávidas a lidar com as náuseas
E lembre-se… estes sintomas não duram sempre, a maior parte das vezes não dura mais do que 3 ou 4 meses!! Em raras ocasiões, as náuseas e vómitos são tão severos que podem levar à desidratação e grande perda de peso. Esta condição chamada de Hiperémese gravídica pode requerer medicação, pelo que nesta situação deve contactar o seu médico assistente. Por volta dos 6 meses dos bebés começa uma revolução em casa... Finalmente as rotinas já estavam adaptadas entre os pais e o bebé, já estava bem estabelecida a ligação, sabiam quando este tinha fome, mamava até estar saciado ou preparavam a dose de leite adaptado que sabiam ideal. Mas então chega a hora de iniciar a alimentação completar. E como saber que está na hora? Será no dia em que faz os 6 meses? E nessa altura as suas necessidades aumentam exponencialmente, o leite deixa de ter as qualidades necessárias, já não é suficiente?
Tens dores na perna? Estás aí a chorar porquê? Não devias estar assim quando caíste. Querias correr? Agora aguenta!
Tiveste um acidente? Olha aguenta e porta-te bem e não venhas para aqui para o hospital choramingar. Doem-te as costas? Nem sabes em que posição estar? Eu agora estou a mandar-te sentar nessa cadeira dura e ficas aí sossegado sem te mexer. Não é confortável por ti? Mas para mim é melhor por isso não sais daí! Estás no hospital há 5 horas e tens fome? Pois, não podes comer porque pode ser preciso fazer uma operação de urgência. Como te sentirias nestas situações? Respeitado? Ouvido? Empoderado? Acredito que estejas a pensar que não aceitarias que te tratassem assim quando vais a um hospital. Claro! E tens toda a razão! Mas isto ainda é o que muitas mulheres passam no momento do parto Todos somos importantes na luta contra a violência obstétrica. Conversa entre a mãe e o filho de 3 anos acerca das "bolas vermelhas".
Mãe - O que acontece quando falam todos ao mesmo tempo na escola? Filho - A professora põe uma bola encarnada. Mãe - Estou a perceber, e depois o que acontece? Filho - Fico triste. Mãe - E se em casa falarmos todos aos mesmo tempo o que acontece? Filho - Não conseguimos ouvir nada! Para refletir: - Qual a intenção da professora ao usar este sistema? - Será que conseguiu o que pretendia? - Que outras estratégias poderiam ser utilizadas? As minhas reflexões: - A intenção da professora certamente seria ter um ambiente calmo e tranquilo na sala, propício para a aprendizagem e bem estar de todos. Para isso pretendia que as crianças conseguissem interiorizar as regras de convivência. - A criança associou o comportamento "falar alto" com a consequência "bola vermelha" e com um sentimento de tristeza. A consequência natural "não conseguir comunicar" passou para segundo plano, não sendo lembrada. - Noutro meio, com outras estratégias a criança conseguiu observar as consequências do comportamento o que poderia ser utilizado para, em conjunto encontrar estratégias para resolver o problema. - Para conseguirmos os resultados que queremos devemos definir bem as nossa intenções e se as estratégias que usamos não vão ao encontro do esperado podemos sempre procurar outros caminhos mais alinhados com os nossos valores. Vivemos em sociedade e há certas regras que existem e respeitamos. Acredito que é importante haver respeito e sentimo-nos bem quando os outros são "educados" connosco, quando nos dizem "obrigado", "bom dia" ou "por favor". Quando temos um filho esperamos que ele seja "educado" e faça uso dessas palavras.
Mas, para mim, há algumas questões importantes a refletir. 1 - Porque é importante para mim que o meu filho diga "obrigado"? Será porque gosto que ele seja elogiado e aceite pela sociedade? Porque não quero fazer má figura enquanto mãe? Porque quero que a sociedade me aceite? Ou será que quero que ele respeite os outros realmente? Que sinta compaixão? Qual a minha intenção? Ensinar o meu filho a cumprir regras da sociedade sem questionar, dando respostas automáticas sem associar a sentimentos? Ou que consiga fazer uma reflexão crítica e que se aperceba do impacto das suas ações no outro? 2- Depois de definir as minhas intenções cabe-me encontrar o caminho para que isso aconteça. Posso obrigar o meu filho a repetir palavras de forma automática, sem que se aperceba do significado. Posso obrigar o meu filho a repetir um "desculpa" ou "por favor" contrariado, mas isso só vai fazer com que associe esse gesto a sentimentos negativos, o que impede que realmente chegue onde eu pretendo. Mas então não faço nada? Fico impávida e serena? Claro que não! Acho apenas que não é algo que aconteça imediatamente, se quero que diga tudo isso de forma consciente e sincera tenho um trabalho diário pela frente. Se decidir que o mais importante é o espírito crítico, a compaixão então o caminho poderá passar por - Respeitar o meu filho - Ser o exemplo - Aceitar o meu filho tal como é - Criar conexão com o meu filho - Praticar o Igual Valor - Explicar a importância desses comportamentos para mim No fim de contas, quando uma criança se sente bem, é aceite e vive num ambiente onde é praticado o igual valor vai sentir mais compaixão pelo outro. Quando a própria criança é alvo de respeito mais facilmente vai respeitar os outros. Tem a relação com o teu filho que queres que ele tenha com o mundo! Há dias assim, em que estamos em casa com o filhote doente e depois temos uma surpresa que vem alegrar o dia! Cá por casa gosto muito de fazer compras online, poupa-se muito tempo e assim ficamos mais livres para brincar e ocupar o tempo com atividades mais divertidas! Neste dia calhou mesmo bem, tinha encomendado este peluche no site da vertbaudet, saímos de casa de manhã para uma consulta quando recebi uma mensagem a avisar que já podia ir buscar a minha encomenda. Depois da consulta lá passei pelo ponto de entrega e ao chegar a casa o filhote tratou de desempacotar o seu novo amigo!!! Engravidamos e começamos logo a pensar no parto! Se para algumas mulheres este é um momento de stress e ansiedade, onde entram os medos e as dúvidas, para outras é o oposto. É um sonho que vai sendo sonhado dia a dia, que vai sendo idealizado decisão após decisão.
Imaginam o parto natural, onde o corpo sabe e tudo flui, vão conhecendo o seu corpo e os seus direitos. Até aqui tudo certo... mas chega o momento do parto... Antes do previsto, na data ou depois do esperado. Chegam médicos e profissionais que não respeitam o que decidimos. Chegam complicações pelas quais não contávamos. E não conseguimos “aquele parto” perfeito como sonhávamos. Afinal não conhecíamos tão bem o nosso corpo. Afinal não somos tão fortes como esperávamos. Afinal a equipa não é tão humanizada como desejámos. Afinal a natureza pregou-nos uma partida. Assim, tudo o que parecia perfeito se desmorona e o sonho tornou-se um pesadelo. Aparece a dificuldade em aceitar o que está acontecer ou o que já aconteceu e impede-nos de aproveitar o momento. Então onde pode residir a mudança, o que pode fazer a diferença num meio onde tanta coisa pode escapar do nosso controle, onde não conseguimos dominar e influenciar todos os factores? Quando engravidamos podemos (e devemos) ter sonhos. A procura de informação para que possamos tomar decisões em consciência é fundamental. Podemos (ou devemos) fazer um plano de parto mas fugindo das expectativas, em vez disso podemos traçar intenções reais que dependam apenas de nós. Podemos sempre procurar alguém com quem partilhar o percurso. Para além do companheiro de viagem, porque não procurar quem esteja mais afastado na nossa experiência, uma amiga, familiar ou uma doula. Mas no fundo alguém que nos vá ajudando a tomar as decisões que queremos baseadas em evidências, mantendo a nossa segurança e a do bebé e acima de tudo, que no final nos suporte e ajude a lidar com a real experiência que nos acontecer. Porque todas as mulheres merecem ter o seu parto e ser feliz com a experiência! |